Diferentemente do que costuma acontecer em debates sobre Cannabis no Brasil, em Mandaguari a aceitação é maior e o tratamento com base na planta é visto como uma forma de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A Lei da carteirinha foi inspirada em uma legislação nacional que busca tornar visíveis as doenças invisíveis, facilitando o transporte e o uso seguro da Cannabis medicinal.
Um dos principais grupos que impulsionaram essa mudança foi o das mães de filhos autistas, que perceberam os benefícios do uso do CBD no tratamento de suas crianças. Testemunhos como o de Josiana Pires, mãe de Heloísa, de 9 anos, que viu uma melhora significativa no comportamento da filha com o uso do CBD, foram fundamentais para sensibilizar a população e os legisladores locais.
Além disso, Mandaguari está se preparando para iniciar o plantio e a produção local do óleo de Cannabis, que será distribuído aos pacientes. Essa iniciativa está servindo de exemplo para outras cidades da região, como Jandaia do Sul, Apucarana e Faxinal, que também estão buscando aprovação para distribuir o medicamento pelo SUS.
Essa ação em Mandaguari mostra como o apoio do poder público e parcerias podem impulsionar a economia local e beneficiar a saúde dos cidadãos. Com a aprovação da Lei da carteirinha e o avanço nas políticas de distribuição da Cannabis medicinal, a cidade se destaca como um modelo a ser seguido, influenciando outras localidades até mesmo fora do estado do Paraná.
Esse movimento de democratização do acesso ao tratamento com Cannabis medicinal em Mandaguari é um grande passo rumo a uma saúde mais integrativa e humanizada, contribuindo para a qualidade de vida dos pacientes e para o avanço das políticas públicas na área da saúde.