Repórter São Paulo – SP – Brasil

Mais de 670 mortos em deslizamento de terra em Papua-Nova Guiné chocam mundo, revela ONU.

Um desastre natural abalou a região norte da Papua-Nova Guiné, na Oceania, na última sexta-feira (24). Um deslizamento de terra atingiu vilarejos, deixando uma tragédia que pode ter resultado em mais de 670 mortos, de acordo com informações da Organização Internacional para as Migrações (OIM) das Nações Unidas. A estimativa da OIM dobrou as projeções iniciais feitas por autoridades locais, indicando que mais de 300 pessoas estariam soterradas.

A situação é crítica devido à extensão total da destruição que ainda não é conhecida, além do ambiente perigoso que dificulta as buscas por vítimas. O diretor da OIM em Papua-Nova Guiné, Serhan Aktoprak, afirmou que as condições no local continuam perigosas, com rochas caindo, solo deslizando e rachando, e água subterrânea correndo. Isso torna a área um risco extremo para todos os envolvidos.

Até o momento, cinco corpos foram resgatados dos escombros de uma região onde 50 a 60 casas foram destruídas. As equipes de resgate permanecem em busca de sobreviventes, utilizando equipamentos simples como pedaços de pau, pás e garfos agrícolas. A tragédia atingiu a Vila Yambali, na província de Enga, localizada a cerca de 600 km ao norte da capital, Port Moresby. A OIM baseia sua estimativa nas informações fornecidas pelas autoridades locais, que indicam que mais de 150 casas foram soterradas.

Yambali era uma base comercial para pessoas que extraíam ouro na região, com quase 4.000 habitantes. As crianças, principalmente as de até 15 anos, são as que mais preocupam, pois constituíam a maioria da população local. Imagens impressionantes mostram a quantidade de pedras e terra que caíram da colina, com dezenas de pessoas cavando entre os destroços na esperança de encontrar sobreviventes.

A situação é ainda mais complicada devido ao bloqueio de uma rodovia próxima a uma mina de ouro operada pela empresa Barrick Gold em parceria com uma companhia chinesa Zijin Mining. Os acessos só podem ser feitos por helicóptero, e os equipamentos necessários para resgate, como escavadeiras, ainda não chegaram à vila. O governo planeja estabelecer abrigos temporários para os sobreviventes e prestar assistência às mais de 1.250 pessoas deslocadas.

A região afetada pelo deslizamento continua sendo cenário de resgates e buscas por possíveis sobreviventes, em meio a um cenário de destruição que chocou a comunidade global. A solidariedade e o apoio humanitário se fazem necessários nesse momento de luto e reconstrução para as vítimas do desastre na Papua-Nova Guiné.

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