É importante ressaltar que a região sudeste concentra cerca de 62% dos moradores de rua do país, sendo que São Paulo é o estado que abriga a maior parte dessa população, representando 40% do total. O perfil das pessoas sem-teto é majoritariamente composto por homens, adultos e negros.
Entre os motivos que levaram esses indivíduos a essa situação desoladora, destacam-se os problemas familiares, que afetam 44% deles, o desemprego, que afeta 39%, e o alcoolismo ou uso de drogas, presentes na vida de 29% das pessoas em situação de rua.
O relatório foi realizado atendendo a uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), na qual o ministro Alexandre de Moraes determinou que o governo federal elaborasse um diagnóstico completo da população em situação de rua do país, incluindo informações sobre o perfil, procedência e principais necessidades dessas pessoas. A decisão também estabeleceu que os executivos federal, estaduais e municipais deverão apresentar um plano de ação até o mês de novembro deste ano.
O objetivo dessa iniciativa é implementar a Política Nacional para a População em Situação de Rua, que foi instituída em 2009 através de um decreto, mas que nunca foi efetivamente colocada em prática.
Espera-se que esse plano de ação seja capaz de proporcionar oportunidades e amparo para essas pessoas vulneráveis, através da oferta de moradia adequada, acesso a serviços de saúde, capacitação profissional e suporte para a reinserção social.
A situação de rua é uma realidade alarmante no Brasil e precisa ser abordada com seriedade pelas autoridades responsáveis. É fundamental que as políticas públicas criadas sejam efetivas e abrangentes, de forma a garantir a dignidade e o bem-estar desses brasileiros que se encontram em uma situação tão precária.