Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest revelou que a maioria dos brasileiros concorda que o clima está mudando devido à ação humana. Entre os que aprovam o governo, 71% acreditam nessa influência, enquanto entre os que desaprovam, esse número sobe para 72%. O consenso sobre as mudanças climáticas é evidente, com apenas 2% dos entrevistados discordando da ideia.
Os dados também revelaram que a maioria dos entrevistados sentiu na pele o impacto das mudanças climáticas, com 92% deles afirmando que 2023 foi o ano mais quente já registrado. Além disso, 55% relataram ter presenciado mais incêndios.
No que diz respeito ao desmatamento, metade dos entrevistados afirmou que ele aumentou, enquanto 19% disseram que permaneceu igual e 22% alegaram que diminuiu. Esses dados vão ao encontro das estatísticas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que apontam um aumento significativo do desmatamento na região do Cerrado.
A pesquisa também abordou a percepção em relação à escassez de água no mundo, com 60% dos entrevistados acreditando que esse problema se agravará. Essa percepção é distribuída de forma similar entre os eleitores de Lula, Bolsonaro e aqueles que votaram branco, nulo ou se abstiveram.
Outro ponto interessante levantado pela pesquisa é a dissociação entre as lideranças bolsonaristas e os eleitores do presidente. Enquanto a maioria dos eleitores de Bolsonaro concorda com a influência humana nas mudanças climáticas, as lideranças bolsonaristas frequentemente minimizam ou negam essa realidade.
Esses resultados reforçam a importância de políticas públicas voltadas para a preservação do meio ambiente e o enfrentamento das mudanças climáticas. O consenso apresentado pela pesquisa demonstra que a população está consciente sobre a urgência das questões ambientais e demanda ações efetivas por parte das lideranças políticas.
