Esse projeto, que é o maior do tipo em licenciamento ou construção no Brasil, tem previsão de iniciar suas operações em 2028, mas ainda depende de leilões do governo para compra de energia. No entanto, a resistência local tem sido intensa, com preocupações acerca dos impactos na qualidade do ar, no abastecimento de água e no uso de combustíveis fósseis em um contexto de emergência climática global.
Ricardo Martins, presidente da Natural Energia, defende o projeto, afirmando que a usina é necessária para suprir a demanda energética em períodos de baixa produção de energias renováveis, como solar e eólica. Ele destaca que há outras termelétricas em operação em áreas urbanas no Brasil, mas a empresa enfrenta resistência local devido a preocupações ambientais e de saúde da população.
As audiências públicas para discutir o projeto estão marcadas para os dias 2 e 4 de julho, porém opositores, como a vereadora Dandara Gisson, pretendem suspender o processo na Justiça. Ela ressalta a importância da preservação ambiental na região do Vale do Paraíba e argumenta que a instalação da usina pode impactar negativamente a qualidade de vida dos moradores e o ecossistema local.
Apesar das críticas e resistências, a Natural Energia planeja, no futuro, migrar para combustíveis mais limpos, como biometano, e estudar a compensação das emissões de carbono. Martins destaca a necessidade de políticas governamentais que incentivem a transição para energias mais limpas e sustentáveis e ressalta a importância da competição justa nos leilões de energia.