Repórter São Paulo – SP – Brasil

Maior risco de retrocesso: projetos que querem limitar o casamento à união entre homem e mulher são criticados na Parada LGBTQ+

No cenário político nacional, projetos que ameaçam os direitos civis e individuais da população LGBTQIA+ ganham destaque e preocupam ativistas e defensores da diversidade. Um dos principais pontos de tensão é o PL 5167/09, que visa proibir que relações entre pessoas do mesmo sexo se equiparem ao casamento ou entidade familiar. Essa proposta, em tramitação na Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial, representa um retrocesso nas conquistas alcançadas pela comunidade LGBTQIA+ nas últimas décadas.

É importante ressaltar que em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união homoafetiva como núcleo familiar, equiparando essas relações às uniões estáveis entre homens e mulheres. Essa decisão histórica foi um marco na luta pela igualdade de direitos e reconhecimento da diversidade de configurações familiares presentes na sociedade brasileira.

André Fischer, ativista e organizador da Parada LGBTQIA+, alerta para o risco iminente de retrocesso que esses projetos representam. Ele destaca que no ano anterior houve um real temor de perda de direitos conquistados e reforça a importância da mobilização da comunidade para garantir a preservação dos avanços já alcançados.

Além das pautas políticas, a Parada também promove a conscientização e visibilidade da diversidade, incentivando os participantes a demonstrarem seu apoio e orgulho com o uso das cores verde e amarela. Essa iniciativa simbólica tem o objetivo de fortalecer a mensagem de igualdade e cidadania para todos os brasileiros e brasileiras, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

Diante desse contexto, é fundamental que a sociedade civil e as instituições estejam atentas e atuantes na defesa dos direitos humanos e na promoção da inclusão e respeito à diversidade. A luta contra o preconceito e a discriminação deve ser uma causa de todos, em prol de uma sociedade mais justa e igualitária para todos os seus cidadãos e cidadãs.

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