Com uma vasta experiência no setor, Magda foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entre 2012 e 2016. Sua formação inclui mestrado em Engenharia Química pela Coppe/UFRJ, e especializações em engenharia de reservatórios, produção de petróleo e gás, além de uma carreira consolidada na Petrobras desde 1980, onde adquiriu conhecimentos em diversas áreas de produção no Brasil.
A demissão de Jean Paul Prates, ocorrida na semana anterior à nomeação de Magda, foi motivada por conflitos com os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil). O desentendimento veio à tona após divergências em relação aos dividendos extraordinários pagos pela Petrobras, uma decisão defendida pelo então presidente da empresa e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas contrária aos interesses de Lula e Silveira.
Durante a gestão de Jean Paul, a Petrobras alcançou recordes de lucratividade, mas recentemente registrou uma queda de 23% nos lucros do primeiro trimestre de 2024. A disputa de poder entre Jean Paul e Silveira refletia-se na composição da diretoria e do Conselho de Administração, com diferentes visões sobre o rumo da empresa.
O ex-presidente da Petrobras, reconhecido por Lula como um opositor combativo de Jair Bolsonaro e especialista na área de gás e petróleo, perdeu o apoio do presidente em meio a divergências e pressões por resultados mais céleres na estatal. Os embates públicos entre Jean Paul e autoridades do governo, somados a questões internas da companhia, culminaram na sua demissão após um ano no cargo.
Com a chegada de Magda Chambriard à presidência da Petrobras, espera-se uma gestão focada na continuidade do desenvolvimento da estatal e na superação dos desafios presentes no setor de petróleo e gás no país. A nova líder enfrentará a missão de equilibrar interesses políticos, econômicos e sociais para garantir o sucesso da empresa e sua contribuição para a economia nacional.