Máfia controla ajuda humanitária em Gaza e população sofre com preços exorbitantes e escassez de alimentos, denunciam moradores.

Na Faixa de Gaza, uma verdadeira máfia tem se aproveitado da crise humanitária para lucrar com a ajuda que deveria beneficiar os moradores locais. Segundo relatos de moradores, praticamente toda a assistência é controlada por esses grupos, que a revendem por preços exorbitantes à população que consegue pagar.

O cenário é desolador, com famílias lutando para conseguir alimentar seus filhos diariamente. Antes do conflito, um saco de farinha custava cerca de US$ 10, mas agora pode chegar a US$ 200, tornando a simples tarefa de garantir uma refeição um desafio cada vez maior. Nader, um pai de três filhos, desabafa que a única opção é se endividar para conseguir comida, em meio a uma situação que ele descreve como uma catástrofe.

No norte da Faixa de Gaza, os saques estão se tornando mais frequentes, levando o Programa Alimentar Mundial a suspender as entregas de alimentos para essa região. O aumento do mercado paralelo tem preocupado as autoridades e colocando em risco a chegada de ajuda humanitária crucial para a sobrevivência dos habitantes locais.

Diante desse contexto crítico, as autoridades israelenses estão cogitando armar civis para proteger a distribuição de ajuda humanitária na região. A decisão vem após um incidente no qual soldados israelenses abriram fogo contra multidões durante a distribuição de mantimentos, resultando na morte de dezenas de pessoas. A medida visa garantir a segurança das operações humanitárias em meio à instabilidade da região.

A situação na Faixa de Gaza é alarmante e exige uma resposta urgente da comunidade internacional para garantir que a ajuda humanitária chegue às mãos dos que mais necessitam, sem ser desviada por interesses escusos. Enquanto isso, os moradores locais continuam enfrentando desafios cada vez maiores para simplesmente conseguir alimentar suas famílias.

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