As investigações tiveram início após o pai de uma das vítimas procurar a delegacia para relatar o ocorrido. De acordo com o delegado responsável pelo caso, a filha do homem foi resgatada dopada e levada às autoridades. A “seita” que funcionava no bairro Cidade Nova há pelo menos dois anos era liderada por Ademar, que assumia o papel de Jesus, Cleusimar, que representava Maria, e Djidja, a ex-sinhazinha que retratava Maria Madalena.
Ao menos 10 pessoas já foram ouvidas pela polícia para auxiliar nas investigações, incluindo as vítimas, familiares dos envolvidos e até mesmo um funcionário de uma clínica veterinária suspeita de fornecer a droga ilegalmente. Entre as vítimas identificadas até o momento, estão aquelas que teriam sido mantidas em cárcere privado e vítimas de estupro por membros do grupo.
Atualmente, Cleusimar e Ademar Cardoso, a mãe e o irmão de Djidja Cardoso, juntamente com três funcionários da rede de salões de beleza, estão sob custódia das autoridades. Todos os presos serão interrogados, e os funcionários Verônica da Costa Seixas, Claudiele Santos da Silva e Marlisson Vasconcelos Dantas são suspeitos de induzir pessoas a se associarem ao grupo.
O caso chocou a população local e levantou questões sobre a segurança e os limites da liberdade religiosa. As autoridades seguem investigando para esclarecer todos os detalhes e garantir a punição dos responsáveis por esses crimes graves.