Repórter São Paulo – SP – Brasil

Mãe improvisa soluções para manter aparelhos funcionando durante apagão, colocando vida de filha em risco; Enel responde apenas após repercussão nas redes.

Durante o recente apagão que atingiu a região, uma mãe teve que recorrer a soluções improvisadas para manter os aparelhos vitais funcionando e garantir a saúde de sua filha. Luciana conectou o respirador da menina ao carro, utilizando extensões de energia para evitar que os aparelhos parassem. A preocupação foi tamanha que, ao perceber oscilações no respirador, ela temeu que o equipamento pudesse queimar.

Além do respirador, a filha de Luciana, Heloísa, depende de outros equipamentos como concentrador de oxigênio e aspirador de secreção, que também ficaram sem energia durante o apagão. O cilindro de oxigênio da menina chegou ao limite, intensificando a tensão da mãe. A base aquecida, essencial para fluidificar a secreção traqueal, ficou desligada, causando o espessamento da secreção de Heloísa.

Luciana relatou que a empresa responsável pela distribuição de energia, a Enel, demorou a responder aos chamados de urgência. Mesmo com Heloísa classificada como cliente prioritária, a energia não foi restabelecida até o sábado à tarde. A falta de comunicação fez com que a mãe se sentisse impotente, sem alternativas para socorrer a filha em caso de necessidade de hospitalização, já que não tinha sinal de celular para chamar uma ambulância.

Somente após a divulgação do caso nas redes sociais, a situação foi resolvida com a instalação de um gerador. Luciana acredita que a atitude da Enel só foi agilizada devido à repercussão do vídeo de Heloísa conectada ao respirador do carro. A repercussão nas redes sociais fez com que a empresa se mobilizasse para resolver a situação, demonstrando a importância da pressão da sociedade em casos como este.

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