O presidente venezuelano questionou o paradeiro de González, insinuando que ele estaria escondido e se preparando para deixar o país rumo a Miami, levando consigo grandes quantias de dinheiro. Essa postura incendiária de Maduro gerou ainda mais tensão em um ambiente político já conturbado.
A reeleição de Maduro para um terceiro mandato de seis anos foi anunciada logo após as eleições, com o ditador supostamente obtendo 52% dos votos, contra 43% de González, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). No entanto, a oposição, liderada por María Corina Machado, alega ter provas que confirmam a vitória de González com 67% dos votos.
Em resposta às acusações de fraude, as autoridades venezuelanas abriram uma investigação penal contra Corina e González, acusando-os de incitação à rebelião e de liderar uma tentativa de golpe de Estado. Maduro pediu a prisão de ambos, responsabilizando-os por atos de violência.
Desde então, tanto González quanto Corina estão na clandestinidade, com González sem aparecer em público desde o dia 30 de julho. No entanto, Corina fez uma aparição pública durante uma manifestação em Caracas no último sábado, onde prometeu continuar lutando pela democracia e respeito aos votos dos cidadãos.
A situação política na Venezuela permanece tensa e conturbada, com acusações de fraude, violência e repressão. O Conselho Nacional Eleitoral ainda não divulgou os detalhes da apuração eleitoral, alegando um suposto ataque cibernético ao sistema de votação. Enquanto Maduro e o CNE acusam a oposição de falsificação de atas, os líderes opositores seguem mobilizando seus apoiadores em busca de justiça e transparência nas eleições. A população venezuelana aguarda ansiosamente por desdobramentos nesse cenário político complexo e instável.