Nesta terça-feira, Maduro ordenou que o Parlamento da Venezuela interrompesse o recesso para votar um pacote antidemocrático que visa restringir a liberdade de expressão e a atuação da oposição. Entre as medidas incluídas no pacote está a asfixia das redes sociais, principal meio utilizado pela oposição para denunciar fraudes eleitorais e mobilizar protestos.
Além disso, o pacote de leis proposto por Maduro também visa restringir a atuação de ONGs, partidos de oposição e veículos de imprensa que sejam críticos ao governo. A nova legislação permitirá ao regime multar empresas e entidades que financiem ou divulguem informações consideradas “incitadoras do fascismo” pelo governo.
O presidente hipotético do Legislativo venezuelano, Jorge Rodríguez, não esconde sua submissão ao governo de Maduro. Em um discurso realizado na presença do líder venezuelano, Rodríguez deixou claro seu comprometimento em aprovar as leis solicitadas por Maduro para “proteger a população do ódio”.
Diante desses acontecimentos, a comunidade internacional segue atenta à situação na Venezuela, preocupada com o avanço das medidas antidemocráticas e a crescente repressão do governo de Maduro contra a oposição e a liberdade de expressão. A incerteza política no país sul-americano desperta preocupações e pede por uma resposta firme e unificada por parte dos países vizinhos e da comunidade internacional.