Entre as condições de saúde mais comuns associadas à má gestão dos resíduos sólidos estão gastroenterites, cólera, hepatite A e outras infecções intestinais, que são mais frequentes em áreas onde não há infraestrutura adequada de saneamento e gestão de resíduos. Além disso, a presença de vetores como moscas, mosquitos e roedores em áreas de deposição de lixo pode aumentar o risco de transmissão de doenças como dengue, malária, leptospirose e febre tifoide.
A queima de lixo a céu aberto e a presença de poluentes no ar também são fatores que contribuem para a propagação de doenças. A exposição prolongada à poluição atmosférica tem sido diretamente ligada ao aumento dos riscos cardíacos, de acordo com um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP).
Além disso, a preocupação com os microplásticos tem crescido nos últimos anos, uma vez que essas partículas estão presentes em diversos ambientes, incluindo o corpo humano. Estudos têm demonstrado o potencial dos microplásticos em causar danos à saúde cardiovascular, sendo encontrados em placas de gordura em artérias e associados a eventos cardiovasculares subsequentes.
Diante desses riscos, os especialistas alertam para a importância de reduzir o consumo de plásticos descartáveis, que são uma das principais fontes de poluição e contaminação por microplásticos. Embora ainda haja lacunas na pesquisa científica sobre os impactos dos microplásticos na saúde humana, os estudos têm avançado e é fundamental que medidas sejam tomadas para minimizar esses riscos.