Em entrevista à TV Tem, afiliada da Rede Globo, Vieira afirmou que havia muita falta de cuidado na empresa e que o equipamento utilizado era realmente bem antigo. Segundo ele, a falta de manutenção e o descuido com os equipamentos foram fatores determinantes para a ocorrência da explosão. Além disso, ele suspeita que houve o uso de algum equipamento ou substância irregular que contribuiu para a violência do acidente.
Durante a fiscalização, os técnicos constataram que a empresa não possuía uma área de escape e apresentava problemas em várias normas de segurança, como o descuido com o sistema elétrico e a existência de extintores de incêndio vencidos. Além disso, foi verificado também o uso de equipamentos ultrapassados e muita sujeira no local de trabalho.
Outro ponto de preocupação identificado pelos fiscais foi a ineficiência das Comissões Internas de Acidentes de Trabalho (Cipas), que não funcionavam de forma eficiente e não informavam as áreas perigosas que a empresa possuía. Essa falta de comunicação e cuidado contribuiu para uma cena de desastre.
Vale ressaltar que a empresa já havia sido fiscalizada anteriormente e chegou a ser notificada pelos problemas encontrados. No entanto, as medidas corretivas não foram tomadas e agora o MTE irá autuar a empresa. Além disso, foi constatado que o local não possuía alvará de funcionamento nem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documentos obrigatórios para o funcionamento de qualquer empresa.
Diante de todo esse cenário de descaso, negligência e falta de cuidado com a segurança dos trabalhadores, é imprescindível que as autoridades tomem medidas enérgicas para punir os responsáveis e garantir que acidentes como esse não se repitam. É preciso investir em fiscalização mais rigorosa e incentivar as empresas a priorizarem a segurança de seus empregados. A vida e a integridade física dos trabalhadores devem estar em primeiro lugar, acima de qualquer lucro ou negligência.