Má conservação de forno antigo apontada pelo MTE como causa de explosão em metalúrgica.

Na última semana, uma explosão em uma empresa de produtos químicos na cidade de Amparo, interior de São Paulo, chamou a atenção das autoridades de fiscalização. Ubiratan Vieira, chefe regional de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), comparou o local a um cenário de guerra.

Em entrevista à TV Tem, afiliada da Rede Globo, Vieira afirmou que havia muita falta de cuidado na empresa e que o equipamento utilizado era realmente bem antigo. Segundo ele, a falta de manutenção e o descuido com os equipamentos foram fatores determinantes para a ocorrência da explosão. Além disso, ele suspeita que houve o uso de algum equipamento ou substância irregular que contribuiu para a violência do acidente.

Durante a fiscalização, os técnicos constataram que a empresa não possuía uma área de escape e apresentava problemas em várias normas de segurança, como o descuido com o sistema elétrico e a existência de extintores de incêndio vencidos. Além disso, foi verificado também o uso de equipamentos ultrapassados e muita sujeira no local de trabalho.

Outro ponto de preocupação identificado pelos fiscais foi a ineficiência das Comissões Internas de Acidentes de Trabalho (Cipas), que não funcionavam de forma eficiente e não informavam as áreas perigosas que a empresa possuía. Essa falta de comunicação e cuidado contribuiu para uma cena de desastre.

Vale ressaltar que a empresa já havia sido fiscalizada anteriormente e chegou a ser notificada pelos problemas encontrados. No entanto, as medidas corretivas não foram tomadas e agora o MTE irá autuar a empresa. Além disso, foi constatado que o local não possuía alvará de funcionamento nem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documentos obrigatórios para o funcionamento de qualquer empresa.

Diante de todo esse cenário de descaso, negligência e falta de cuidado com a segurança dos trabalhadores, é imprescindível que as autoridades tomem medidas enérgicas para punir os responsáveis e garantir que acidentes como esse não se repitam. É preciso investir em fiscalização mais rigorosa e incentivar as empresas a priorizarem a segurança de seus empregados. A vida e a integridade física dos trabalhadores devem estar em primeiro lugar, acima de qualquer lucro ou negligência.

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