Lula, presente na cúpula da CPLP, reafirma vínculos Brasil-África, reforçando laços com países de língua portuguesa e Atlântico Sul.

O presidente francês, Emmanuel Macron, fez um apelo pela restauração da ordem constitucional no Níger e pela libertação do presidente Bazoum, após o golpe militar que ocorreu no país. Macron declarou que o golpe é um ataque à democracia e à luta contra o terrorismo.

Quatro dias após o golpe, centenas de apoiadores dos militares tomaram a embaixada francesa em Niamey, causando danos às instalações. Os manifestantes foram dispersados pela polícia com gás lacrimogêneo, e o governo do Níger acusou a França de uso de armas, o que foi negado pelo governo francês.

No início do mês, as novas autoridades de Niamey anunciaram a denúncia de uma série de acordos militares com a França, uma decisão que não foi reconhecida por Paris, que considera Mohamed Bazoum como governante legítimo do país.

Organizações contrárias à presença militar francesa planejam manifestações em frente à base militar francesa em Niamey a partir do dia 3 de setembro, exigindo a retirada dos soldados do país. A junta militar também acusou a França de violar repetidamente seu espaço aéreo fechado por decisão do regime e de libertar terroristas, o que eles consideram um plano para desestabilizar o país. Essas acusações foram veementemente negadas por Paris.

No contexto das manifestações de apoio à junta militar, houve também slogans hostis à França e à Cedeao (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental), enquanto a Rússia foi elogiada. A Rússia, que se beneficia da hostilidade contra Paris no Sahel, tem sido aplaudida pelos militares que tomaram o poder no Níger.

O Níger segue os passos de países como Mali e Burkina Faso, onde já não há mais embaixadores franceses. Esses dois países, também liderados por militares que chegaram ao poder através de golpes e enfrentam a violência jihadista, mostraram solidariedade com os generais de Niamey, afirmando que estão prontos para lutar ao lado do exército do Níger em caso de emergência.

A situação no Níger continua instável, com as autoridades francesas preocupadas com o impacto do golpe na região do Sahel, que já enfrenta desafios significativos no combate ao terrorismo e à instabilidade política.

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