Flávio Dino começou sua carreira como juiz em 1994 e ganhou notoriedade ao atuar como presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe) de 2000 a 2002. Durante sua gestão, ele liderou movimentos e greves em busca de melhorias salariais para a magistratura, chegando a enfrentar embates com o então advogado-geral da União, Gilmar Mendes, que atualmente é decano do STF e apoia a sua nomeação para a corte.
Além disso, Dino foi um defensor dos patrocínios recebidos por entidades da magistratura, que na época eram contestados por criar um vínculo entre juízes e empresas. No entanto, juízes que fizeram parte do grupo de Dino na Ajufe afirmam que ele teve um papel fundamental para mudar o perfil da entidade.
Depois de deixar a magistratura, Flávio Dino concorreu a deputado federal, foi eleito e posteriormente elegeu-se governador, ficando no cargo por dois mandatos. Em 2023, foi indicado por Lula para assumir o Ministério da Justiça, onde enfrentou desgastes por uma atuação na área de segurança pública vista como ineficiente.
No entanto, Dino se destacou por ser um dos ministros mais atuantes de Lula e com maior poder de oratória para fazer o embate público com a oposição. Durante sua gestão, consolidou sua relação com integrantes do STF, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, principais interlocutores de Lula no Supremo atualmente e que apoiaram a sua indicação para a corte.
Agora, Flávio Dino aguarda a sabatina pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que vai preparar um parecer sobre a nomeação e enviar a análise ao plenário. Se aprovado, o ex-governador do Maranhão ocupará a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal.
