Durante a inauguração de um contorno rodoviário na BR-101 em Serra, no Espírito Santo, Lula elevou o tom de seus ataques, chamando Bolsonaro de “facínora”, “aquela coisa” e acusando-o de usar a fé dos evangélicos. Além disso, o ex-presidente também havia chamado Bolsonaro de “gente ruim” por liderar um governo que “gostava de brigar” em outro discurso.
Apesar de ter prometido anteriormente que não falaria mais sobre o governo de seu adversário, Lula tem reiterado críticas sobre a situação do país deixada por Bolsonaro e apontado um desmonte de políticas públicas. Em um discurso, Lula chegou a afirmar que o país “voltou a ser governado por alguém que tem vergonha na cara e trata os diferentes como iguais.”
O ex-presidente também mencionou a utilização da máquina pública pelo governo passado para evitar uma derrota eleitoral, afirmando que Bolsonaro “entrou em parafuso” ao não se reeleger. As declarações recentes de Lula sobre Bolsonaro refletem a tensão política entre ambos, com o ex-presidente utilizando termos como “furacão do mal” ao se referir a Bolsonaro.
Apesar de Lula fazer frequentes críticas ao governo anterior, são raras as menções diretas ao ex-presidente Bolsonaro em seus discursos públicos. No entanto, o petista já se referiu a Bolsonaro como “negacionista” e destacou que o país andou para trás durante o mandato do atual presidente.
Em diferentes ocasiões, Lula tem desrespeitado sua promessa de não falar mais sobre o governo de Bolsonaro, mesmo tendo sido enfático ao afirmar que ficaria quatro anos sem mencionar o mandato do seu adversário. As declarações públicas de Lula refletem a tensão política entre ambos os líderes e as fortes críticas do ex-presidente em relação a Bolsonaro.
