Em declaração aos jornalistas, Lula mencionou que, com o compromisso de investimento da empresa italiana, o governo estaria disposto a renovar o contrato de concessão de energia. Ele destacou a importância do compromisso da Enel em realizar os investimentos necessários para evitar novos apagões, mencionando os problemas que ocorreram no final de 2023 e início de 2024 em regiões como São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro.
A Enel tornou-se alvo das autoridades brasileiras devido aos apagões e, em maio, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, alertou a empresa sobre a importância de investir na qualidade dos serviços de distribuição de energia. Caso contrário, ele afirmou que a empresa poderia se despedir do país.
Recentemente, a Enel foi multada em mais de R$ 13 milhões pela Secretaria Nacional do Consumidor no Rio de Janeiro, devido a interrupções no serviço público e demoras em seu restabelecimento, além de violações ao Código de Defesa do Consumidor.
A Enel opera o serviço de energia em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, e afirmou que o investimento previsto para o Brasil faz parte de seu plano estratégico, sendo 45% maior do que o realizado anteriormente. A empresa pretende destinar US$ 2,9 bilhões a investimentos nas redes de distribuição até 2026, um aumento significativo em comparação com anos anteriores.
Durante a reunião, além de Lula, estavam presentes o diretor de relações externas da Enel, Nicolò Mardegan, e o ministro Alexandre Silveira. A concessionária afirmou que o governo brasileiro concordou com a nova gestão da empresa em diversos pontos discutidos durante o encontro.