Lula destaca potencial do Sul global e defende reforma das instituições financeiras multilaterais na 37ª Cúpula da União Africana.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da 37ª Cúpula da União Africana, onde fez declarações impactantes sobre o futuro do Sul global e a necessidade de transformar a dívida africana em ativos produtivos.

Lula enfatizou a importância do continente africano e latino-americano como espaços extraordinários para o desenvolvimento da nova economia mundial. Ele destacou que a transição energética, a agricultura de baixo carbono e a exuberante quantidade de terras a serem exploradas nesses dois continentes são elementos-chave para impulsionar o crescimento econômico e a sustentabilidade no século 21.

Além disso, o ex-presidente brasileiro ressaltou a necessidade de reforma das instituições financeiras multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo Lula, essas instituições muitas vezes sufocam os países em desenvolvimento ao invés de ajudá-los. Ele propõe que parte da dívida africana seja transformada em ativos produtivos, como ferrovias, rodovias e hidrelétricas, para promover o desenvolvimento contínuo do continente.

No contexto da presidência brasileira do G20, Lula foi convidado a participar da cúpula da União Africana, onde buscou fortalecer laços e discutir questões-chave para o futuro do continente africano. O ex-presidente teve reuniões bilaterais com os presidentes do Quênia, William Ruto, e da Nigéria, Bola Tinubu, além do chefe do Conselho Presidencial da Líbia, Mohamed al-Menfi.

O retorno de Lula a Brasília para tratar ainda esta noite de temas relevantes com as autoridades brasileiras indica que o Brasil está, de fato, engajado em estabelecer relações mais estreitas com os países africanos. A presença do ex-presidente em eventos como este reforça a importância do diálogo e cooperação entre as nações globalmente, especialmente no contexto de reformas econômicas e desenvolvimento sustentável.

Portanto, as declarações de Lula na cúpula da União Africana destacam a urgência de repensar as abordagens convencionais em relação à dívida africana e fortalecer a cooperação internacional para impulsionar o desenvolvimento econômico e social do continente.

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