Segundo o presidente, “podemos explorar, juntos, mecanismos de taxação internacional que ajudem a financiar o desenvolvimento sustentável”. Ele também ressaltou a necessidade de aprimorar os mecanismos de financiamento climático, apontando que os quatro maiores fundos ambientais possuem um saldo de mais de US$ 10 bilhões, mas países em desenvolvimento enfrentam dificuldades burocráticas para acessá-los.
Lula detalhou os três eixos que guiarão a presidência brasileira do G20: inclusão social e combate à fome e à pobreza, promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões social, econômica e ambiental e as transições energéticas e a reforma das instituições de governança global. No terceiro tema, o presidente defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU e incentivou as instituições financeiras internacionais a cortarem as sobretaxas.
Além disso, Lula fez críticas à visão fiscalista da economia, destacando que quase metade da população mundial vive em países que destinam mais recursos para o pagamento da dívida do que para educação ou saúde. Ele classificou essa situação como uma fonte permanente de instabilidade política.
O presidente também abordou questões geopolíticas, alertando para um mundo marcado pelo recrudescimento dos conflitos, pela crescente fragmentação, pela formação de blocos protecionistas e pela destruição ambiental. Ele lamentou a guerra no Oriente Médio, chamando-a de trágico conflito e pedindo um cessar-fogo permanente para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza e a libertação imediata de reféns pelo Hamas.
Com essa postura, Lula reforçou sua atuação como um líder global preocupado com questões sociais, econômicas e ambientais, buscando soluções para os desafios complexos que o mundo enfrenta. Sua participação no encontro do G20 foi marcada por posicionamentos firmes e propostas concretas para fomentar o desenvolvimento sustentável e buscar a estabilidade geopolítica.
