Lula critica postura dos EUA em relação à morte de Navalny e menciona Marielle em discurso na Etiópia.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, durante uma visita à Etiópia, a situação do opositor de Vladimir Putin, Alexei Navalny, e a necessidade de paciência para descobrir os mandantes de crimes. Ele também criticou a postura dos EUA de apontar culpados para a morte de Navalny antes mesmo de uma investigação concluída. Em suas palavras, Lula destacou a importância de primeiro realizar uma investigação e saber como o cidadão morreu, antes de apontar culpados.

Lula também fez referência à morte da vereadora Marielle Franco, afirmando que é necessário aguardar pacientemente para descobrir os mandantes de crimes. Ele ressaltou que espera há seis anos para descobrir o mandante do crime de Marielle e que não está com pressa de apontar culpados, mas sim de encontrar a verdade.

Ao comentar sobre o modo como as pessoas fazem pré-julgamentos sem aguardar resultados de investigações oficiais, Lula questionou a postura de apontar culpados precipitadamente e depois ter que pedir desculpas. Ele enfatizou a importância de aguardar os resultados das investigações para evitar injustiças.

A morte de Navalny, opositor de Putin, gerou repercussão internacional. O político estava preso sob acusação de “extremismo” no distrito autônomo de Yamal-Nenets, e sua morte foi confirmada na manhã de sexta-feira (16). Segundo as autoridades russas, Navalny passou mal após uma caminhada e perdeu a consciência quase imediatamente na colônia correcional nº 3. Ele cumpria uma sentença de 19 anos em uma prisão próxima do Círculo Polar Ártico, considerada uma das mais duras na Rússia.

A posição de Lula em relação à importância de aguardar os resultados de investigações antes de apontar culpados traz à tona um debate importante sobre a presunção de inocência e o risco de pré-julgamentos. Sua atitude também pode influenciar o modo como líderes e governos abordam casos sensíveis, buscando evitar precipitações e possíveis injustiças. A questão da prudência e bom senso ressaltada por Lula pode servir como um exemplo para a sociedade e para autoridades em situações semelhantes.

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