No entanto, as tensões entre os poderes executivo e legislativo parecem se originar de um erro cometido durante o governo de Dilma Rousseff, sucessora de Lula. Em 2011, Dilma concedeu um alívio tributário a empresas em troca da promessa de manutenção de empregos, medida que deveria durar até dezembro de 2012. No entanto, o benefício se tornou permanente ao longo dos anos, gerando uma perda anual de arrecadação de R$ 10 bilhões.
Agora, esse fantasma econômico assombra os cofres gerenciados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, privando o governo de uma receita significativa. A renovação do benefício tributário pelo Congresso Nacional até 2027, com a inclusão de um desconto na Previdência para diversos municípios, gerou críticas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que sugeriu que o governo deveria focar em reduzir gastos ao invés de recorrer a medidas judiciais.
Essa situação evidencia a dificuldade do governo atual em lidar com as consequências de políticas adotadas no passado, mostrando que as relações entre os poderes públicos estão sendo afetadas por questões econômicas mal resolvidas. A pressão popular e as negociações nos bastidores políticos se tornam essenciais para buscar um equilíbrio e soluções para os desafios enfrentados pelo país.
