Lula assume liderança do Sul Global e defende modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável na ONU

Em um discurso carregado de simbolismos e mensagens fortes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou ao mundo que o Brasil voltou a ocupar seu lugar de destaque nas discussões globais. Em uma Assembleia Geral da ONU que contou com a presença reduzida de líderes internacionais, Lula se apresentou como o porta-voz do Sul Global, reforçando a importância de um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável.

Ao reconhecer a posição privilegiada do Brasil no cenário internacional, Lula ressaltou os diversos cargos de liderança que o país assume, como a presidência do Mercosul, do Conselho de Segurança e do G20, além do protagonismo no Brics. Ele também mostrou o comprometimento do Brasil com a questão ambiental ao oferecer-se para sediar a Conferência do Clima, COP30, em 2025.

Lula deixou claro que o discurso da desigualdade é um tema recorrente em suas falas na ONU, sendo uma preocupação que não se limita apenas ao passado, mas que continua atual e urgente. Ele culpou explicitamente as instituições liberais de Bretton Woods, FMI e Banco Mundial, por perpetuarem as desigualdades. O presidente também criticou a OMC, destacando sua paralisia diante dos desafios globais.

No entanto, Lula mostrou habilidade ao equilibrar suas críticas com uma postura diplomática, sem cair em erros passados. Ele condenou o embargo ilegal dos EUA a Cuba e defendeu Julian Assange e a liberdade de imprensa, sem mencionar violações a jornalistas em ditaduras.

A questão climática foi um dos pontos centrais do discurso de Lula. Ele ressaltou o papel das populações vulneráveis do Sul Global e reafirmou a soberania coletiva amazônica, destacando a importância da Amazônia para o mundo. No entanto, faltou a definição de metas mais ambiciosas para a redução de emissões e a condenação dos combustíveis fósseis.

O cansaço visível de Lula após tantas viagens internacionais em nove meses de mandato mostra a potência diplomática do Brasil. Sua constante abordagem sobre a fome e a desigualdade marca o ritmo de sua diplomacia, ressaltando as promessas não cumpridas pelo mundo e pela ONU.

Em suma, o discurso de Lula na ONU mostra a retomada do Brasil como um líder global, capaz de se posicionar diante dos principais desafios do século XXI. Sua fala reforça a importância de um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável, que coloca o país como um exemplo a ser seguido.

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