Lula assina decreto para reverter extinção do Ceitec, única fábrica de chips semicondutores da América Latina

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, assinou um decreto nesta segunda-feira (6) para reverter o processo de extinção do Ceitec (Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada), uma estatal federal que é uma das únicas fabricantes de chips semicondutores da América Latina. Essa decisão foi tomada após o governo de Jair Bolsonaro, do PL, incluir o Ceitec no programa de desestatização e demitir 89 funcionários como parte do processo de desmonte da estatal.

No entanto, Lula reverteu essa medida, autorizando a reversão do processo de dissolução societária da empresa pública. O Ceitec foi criado como associação civil nos anos 2000 e foi estatizada em 2008 por Lula, sendo vinculada ao Ministério de Tecnologia. O objetivo era inserir o Brasil no mercado global de semicondutores, estimular a implantação de outras empresas de microeletrônica e formar recursos humanos para a área, impulsionados pela demanda crescente por chips semicondutores devido à popularização dos smartphones.

Em fevereiro deste ano, Lula já havia criado um grupo de trabalho para avaliar a reversão do processo de privatização do Ceitec. Além disso, o presidente também está avaliando a possibilidade de reverter a privatização de outras empresas estatais, como a Petrobras, os Correios e a EBC (Empresa Brasil de Comunicação).

Essas medidas tomadas pelo presidente Lula fazem parte de sua política de fortalecimento do setor estatal e do interesse em manter o controle do Estado sobre empresas estratégicas para o desenvolvimento do país. Com a reversão do processo de extinção do Ceitec, espera-se que a estatal possa retomar suas atividades e contribuir para o avanço tecnológico do Brasil.

Essa decisão também pode gerar impactos positivos na economia brasileira, uma vez que a produção de chips semicondutores é fundamental para setores como eletrônicos, automóveis, telecomunicações e indústria de defesa. Além disso, a manutenção do Ceitec como empresa governamental pode garantir a soberania tecnológica do país, evitando a dependência de importações de chips e estimulando a geração de empregos e o desenvolvimento da indústria nacional.

Por fim, a reversão do processo de extinção do Ceitec representa um posicionamento do governo de Lula em defesa da indústria nacional, da inovação tecnológica e do fortalecimento do setor público. Resta aguardar os desdobramentos dessa ação e acompanhar os impactos que ela poderá gerar no mercado de semicondutores e na economia como um todo.

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