Durante a campanha passada, Lula apresentou um programa que refletia sua plataforma de redistribuição de renda. No entanto, a disputa eleitoral envolveu uma série de outros elementos, como a rejeição à gestão de Bolsonaro, polarização ideológica e ameaças à democracia, que foram fundamentais para sua vitória.
Apesar de não abandonar esses aspectos, Lula parece estar cada vez mais focado na divisão socioeconômica. Através de suas críticas ao Banco Central e às oscilações do mercado, o presidente escolheu confrontar de forma clara a elite em oposição ao povo.
Essa estratégia política de Lula não é nova e poderá ter um impacto significativo em seu futuro político. Ele tem se posicionado de forma a criticar a ganância da elite financeira e a defender os subsídios dados às empresas, buscando convencer a população sobre a importância de suas políticas de governo.
Uma das motivações por trás dessa estratégia pode ser o risco de uma possível apatia do eleitorado em relação aos recentes avanços econômicos. Lula busca agitar a população para destacar o impacto positivo de suas ações governamentais e consolidar seu apoio entre os mais pobres, visando as eleições de 2026.
Além disso, o ex-presidente tenta ampliar sua base eleitoral, atraindo a baixa renda e reduzindo o apelo conservador que favoreceu a ascensão da direita. Dessa forma, Lula pretende consolidar sua posição e fortalecer sua coalizão de eleitores para os próximos pleitos.