Líderes mundiais se preparam para desafios de “Trump 2.0” e buscam evitar impactos das políticas “America First”

Líderes mundiais têm se movimentado nos bastidores para se prepararem para os possíveis impactos da volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Com a ameaça de uma nova gestão pautada nas políticas “America First”, que causaram tensões comerciais, abalaram alianças de segurança, reprimiram a imigração e retiraram o país de acordos climáticos globais, diversos países têm buscado se antecipar a possíveis desdobramentos.

Segundo informações obtidas pela Reuters, diplomatas e autoridades governamentais em diferentes continentes têm discutido estratégias e planos de ação para lidar com o que chamam de “Trump 2.0”. No México, por exemplo, há conversas sobre a possibilidade de nomear um novo ministro das Relações Exteriores com experiência em lidar com a administração Trump. Na Austrália, um enviado corre para proteger um acordo de submarinos, enquanto na Alemanha autoridades têm dialogado com governadores de Estados republicanos nos EUA.

Alguns líderes estrangeiros não hesitaram em contatar Trump diretamente, mesmo correndo o risco de desagradar seu adversário político, o presidente Joe Biden. O príncipe herdeiro da Arábia Saudita recentemente telefonou para Trump, enquanto líderes da Hungria e Polônia se encontraram com o ex-presidente nas últimas semanas.

O ministro britânico das Relações Exteriores, David Cameron, também teve um encontro com Trump em seu resort na Flórida, onde discutiram questões como Ucrânia, conflito Israel-Gaza e o futuro da Otan. A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, confirmou que reuniões desse tipo não são incomuns, mas se recusou a comentar sobre o encontro de Trump com líderes estrangeiros.

Até o momento, o governo saudita e a equipe de Trump não se pronunciaram sobre as conversas e encontros, mantendo um clima de mistério sobre os bastidores das relações internacionais em meio às incertezas da política global. A comunidade internacional segue atenta aos movimentos nos corredores do poder, buscando se preparar para os desafios que podem surgir com um retorno do controverso ex-presidente dos EUA ao cargo mais alto do país.

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