Repórter São Paulo – SP – Brasil

Líderes do Hamas negam alterações em proposta de cessar-fogo dos EUA em Faixa de Gaza, complicando acordo de paz.

No Oriente Médio, especificamente na Faixa de Gaza, as negociações para estabelecer um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas seguem em curso. Líderes do Hamas negaram veementemente, nesta quarta-feira (12), que tenham exigido mudanças na proposta apresentada pelos Estados Unidos. O governo israelense havia alegado anteriormente que o grupo pretendia modificar os principais parâmetros do plano, o que gerou dúvidas sobre a sua implementação.

Osama Hamdan, porta-voz do Hamas, acusou Israel e os EUA de fugirem de compromissos e não discutirem novas ideias ou propostas. Em contrapartida, mediadores do Qatar e do Egito confirmaram ter recebido uma resposta formal do Hamas ao plano dos EUA, porém um dos negociadores afirmou que a facção havia solicitado emendas, sem divulgar detalhes.

Em um novo giro pela região, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que há dificuldades para que os diálogos avancem. Ele destacou que o Hamas propôs diversas mudanças, algumas impraticáveis, mas os mediadores estão trabalhando para contornar as divergências.

A proposta mais recente para o cessar-fogo na região foi apresentada pelos EUA e aprovada pela ONU, sugerindo uma trégua de três fases. Na primeira, seria estabelecido um cessar-fogo completo por seis semanas, a retirada de tropas de Gaza e a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos, além do acesso diário de ajuda humanitária.

Jake Sullivan, assessor de segurança nacional dos EUA, afirmou que muitas das mudanças propostas pelo Hamas eram previsíveis, enquanto outras divergiam de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU. Ele enfatizou a importância de concluir o processo e que o “tempo para pechinchar acabou”.

Embora o governo israelense tenha aceitado a proposta dos EUA para o cessar-fogo, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto. As negociações prosseguem em meio a tensões e disputas de versões entre as partes envolvidas, em um cenário delicado e complexo no Oriente Médio.

Sair da versão mobile