Segundo documentos judiciais consultados pela AFP, Nthenge Mackenzie foi acusado não apenas de terrorismo, mas também de “atividade criminosa organizada”. As acusações referem-se à incitação à morte por inanição de centenas de seguidores da seita, um ato que chocou a comunidade local e chamou a atenção das autoridades para a conduta do líder religioso.
A seita liderada por Nthenge Mackenzie é descrita como evangélica, mas seus métodos e crenças desviam-se significativamente dos preceitos estabelecidos pelo cristianismo tradicional. De acordo com relatos, o líder da seita teria convencido centenas de seguidores a se absterem de comida e água como forma de purificação espiritual, o que resultou em 429 mortes.
O caso ganhou destaque nacional e desencadeou uma intensa investigação por parte das autoridades quenianas, que finalmente resultou na apresentação das acusações formais contra Nthenge Mackenzie e seus cúmplices. O tribunal em Mombaça terá a tarefa de julgar o caso e determinar a veracidade das acusações, além de impor eventuais punições caso os acusados sejam considerados culpados.
A tragédia envolvendo a seita religiosa abalou a comunidade queniana e levantou questões sobre o papel e a responsabilidade dos líderes religiosos na proteção e bem-estar de seus seguidores. O julgamento de Nthenge Mackenzie e dos outros acusados certamente atrairá a atenção do público e deverá servir como um marco na abordagem de casos semelhantes no país.