Succes Masra, que retornou recentemente ao país centro-africano após um acordo com a junta governante, teve sua nomeação anunciada pelo gabinete da presidência nesta segunda-feira. Sua volta ao Chade aconteceu após enfrentar uma situação de repressão e violência por parte das forças de segurança durante manifestações em 20 de outubro de 2022.
A nomeação de Masra como primeiro-ministro pode ser interpretada como um gesto para acalmar a oposição, que se manifestou contra o referendo constitucional. Na ocasião, a maioria dos partidos políticos da oposição pediram por um boicote ou pelo voto no “não”, contestando as políticas da junta governante que tomou o poder em abril de 2021.
Masra, durante seu exílio, tornou-se um ferrenho opositor da junta e buscou refúgio em países vizinhos para escapar da repressão e da violência no Chade. O retorno do líder opositor e sua nomeação como primeiro-ministro mostram uma tentativa de reconciliação e abertura por parte da junta governante, que busca legitimar sua posição por meio da inclusão de líderes da oposição no governo de transição.
A situação no Chade tem sido marcada por instabilidade política e conflitos internos, com a população enfrentando desafios socioeconômicos e políticos. A nomeação de Succes Masra como primeiro-ministro representa um novo capítulo na história política do país, com a esperança de que a transição para um governo mais inclusivo e representativo possa trazer estabilidade e progresso para a população chadiana. A comunidade internacional tem acompanhado de perto os desdobramentos no Chade e espera que a nomeação de Masra seja um passo em direção à paz e à democracia no país.
