O objetivo da iniciativa é valorizar a diversidade e o patrimônio da região, além de estimular a mobilidade ativa. De acordo com Pedro Fernandes, assessor da pasta de Urbanismo e Licenciamento, a medida busca também incentivar a circulação a pé e de bicicleta.
A partir do dia 1º de outubro, essas vias serão abertas aos pedestres em um esquema semelhante ao realizado na Avenida Paulista. Os carros poderão circular nos arredores até às 9h e depois das 20h, aos domingos e feriados. Motoristas que precisarem acessar trechos da Rua Galvão Bueno, que dá acesso ao hospital LeForte, poderão fazê-lo normalmente.
No entanto, na Rua dos Estudantes, apenas os moradores do edifício Regente Feijó e os feirantes da Praça da Liberdade poderão utilizar carros. A prefeitura irá entregar um cartão de acesso para essas pessoas.
A operação das rotas fechadas será coordenada pela Secretaria Municipal de Esportes. A prefeitura se comprometeu a realizar, em uma segunda fase, obras viárias e melhorias nas calçadas. A intenção é oferecer um ambiente mais seguro e confortável para os pedestres.
O anúncio da ampliação do programa Ruas Abertas, no entanto, foi recebido com expectativa pelos moradores da cidade. O prefeito Ricardo Nunes revelou que há estudos para a possibilidade de fechamento da Avenida São João nos domingos. No entanto, o fechamento total dessa importante via ainda está em análise, principalmente em relação aos corredores de ônibus.
O programa de Ruas Abertas enfrenta dificuldades para ser estendido a áreas mais distantes do centro, conforme relatou o diretor da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Hemilton Inouye. Além disso, ele ressaltou a importância da aceitação da população para o sucesso da iniciativa, citando manifestações contrárias ao fechamento de ruas em áreas periféricas por conta de eventos chamados de “pancadões”.
Para definir quais ruas seriam abertas aos pedestres na Liberdade, a prefeitura realizou uma consulta pública e recebeu mais de 4.200 manifestações de moradores. Estima-se que a circulação de pedestres na região será ampliada em 174%.
Além disso, o prefeito anunciou um programa de manutenção permanente da malha cicloviária, que terá um orçamento de R$ 64 milhões. A ideia é realizar intervenções sem precisar de licitações para cada reparo nas ciclovias. A cidade de São Paulo atualmente possui 722 km de malha cicloviária e a gestão planeja atingir 1.000 km até o final de 2024. Os ciclistas poderão acionar o serviço 156 para solicitar reparos nas ciclovias.