Diante da urgência em compreender a gravidade da situação, um novo estudo foi encomendado para analisar em profundidade a utilização distorcida da legislação fiscal e de crimes financeiros para atacar profissionais da imprensa e veículos de comunicação. Os resultados revelaram um cenário alarmante, com 120 casos registrados em documentos públicos nos últimos 20 anos, sendo que 60% deles ocorreram nos últimos três anos.
O diplomata responsável pela pesquisa ressaltou que a estratégia de processar jornalistas por crimes financeiros visa, essencialmente, silenciar esses profissionais e intimidar o trabalho jornalístico que busca fiscalizar os poderosos e garantir a transparência na sociedade. A tendência de utilizar esse tipo de estratégia tem crescido significativamente, o que revela uma tentativa de esfriar a atuação da imprensa investigativa em momentos cruciais, como períodos eleitorais e manifestações sociais.
É preocupante notar que a maioria dos jornalistas acusados de crimes financeiros são justamente aqueles que cobrem casos de corrupção e atuam em contextos de grande relevância social e política. O padrão identificado evidencia uma clara tentativa de asfixiar a liberdade de imprensa e limitar a atuação dos profissionais que buscam promover a accountability e a justiça social através de seu trabalho.
Portanto, diante dessas constatações, torna-se essencial manter a vigilância e o apoio às instituições e profissionais que se dedicam a combater a corrupção e promover a liberdade de expressão, garantindo assim a saúde da democracia e a transparência nos processos políticos e sociais.