Segundo análise da consultoria Palver, tanto Marçal quanto Boulos já lideravam em nível de interesse nos grupos monitorados, mas o episódio do laudo falso fez com que as menções a ambos disparassem significativamente. Marçal teve seu nível de citação triplicado, enquanto Boulos teve um aumento de quase quatro vezes em relação à semana anterior.
A divulgação do laudo falso levou a uma avalanche de críticas ao influenciador, com mensagens compartilhando evidências de que o documento era forjado. A perícia da polícia confirmou a falsidade do laudo, e um vídeo da médica Aline Souza desmentiu a participação de seu pai na elaboração do documento. Apesar disso, algumas mensagens ainda tentam sustentar teorias conspiratórias em defesa de Marçal.
O episódio também trouxe à tona a discussão sobre a descriminalização das drogas, com Boulos sendo associado a esse tema. Enquanto isso, a reação da direita ficou dividida, com alguns grupos sugerindo que Marçal teria agido para beneficiar a esquerda.
Em meio a isso, Ricardo Nunes, candidato do MDB, teve pouca visibilidade nos grupos analisados, sendo mencionado apenas em mensagens negativas que o associavam a suspeitas de corrupção e a políticas ligadas à esquerda.
A análise da Palver também mostrou que conteúdos negativos contra Boulos, como a legalização das drogas e as invasões, eram destaque entre as mensagens compartilhadas com frequência, enquanto os materiais de apoio a ele não apresentavam indicadores de circulação orgânica ou viral.
No geral, o episódio do laudo falso de Pablo Marçal causou um grande impacto na reta final da campanha em São Paulo, ampliando o debate sobre fake news, descriminalização das drogas e as estratégias utilizadas na corrida eleitoral.
