Um dos efeitos esperados do La Niña é o resfriamento das temperaturas oceânicas, o que resulta em alterações na circulação atmosférica. Isso influencia diretamente os padrões de vento, pressão e distribuição de chuvas, especialmente em regiões tropicais como o Brasil. Enquanto muitas partes do mundo esperam temperaturas acima da média devido ao aumento das temperaturas oceânicas, a América do Sul, em especial nas áreas costeiras, pode vivenciar temperaturas abaixo da média.
Além disso, as previsões indicam chuvas abaixo da média para grande parte da América do Sul, o que poderia agravar as condições de seca em diversas regiões. Isso acende um alerta para a agricultura e o abastecimento de água nessas áreas. Por outro lado, em algumas regiões do interior do continente sul-americano, não há um sinal claro de mudanças nas condições climáticas.
É importante ressaltar que, apesar do La Niña influenciar as condições climáticas, o aquecimento global continua em ascensão. O secretário-geral da WMO, Celeste Saulo, destacou que o fenômeno não será capaz de interromper a trajetória de elevação das temperaturas globais, devido à persistência dos gases de efeito estufa. Esse cenário tende a agravar os eventos climáticos extremos em todo o mundo.
Diante desse contexto, a monitorização e o acompanhamento constante das mudanças climáticas se tornam essenciais para prevenir e mitigar possíveis impactos negativos nas diferentes regiões afetadas pelo La Niña.