Para especialistas como Ana Paula Cunha, do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o pico da seca em 2023 foi observado entre os meses de outubro e novembro. A transição do El Niño para o La Niña nesse período é apontada pela maioria dos modelos climáticos.
No entanto, os mapas de medições do Cemaden já mostram que a região está enfrentando uma situação de extrema seca antes mesmo desse período de transição. Isso contrasta com o que foi observado no ano anterior, levantando preocupações sobre a intensidade e a duração da seca nos próximos meses.
“É fundamental acompanhar de perto a evolução da situação, mas certamente até setembro teremos uma situação crítica, especialmente com relação aos incêndios florestais,” alerta Ana Paula Cunha.
A antecipação dos efeitos do La Niña é vista como uma possível solução para amenizar os impactos da seca e evitar cenários desastrosos como os ocorridos em 2023. A esperança dos pesquisadores é que esse fenômeno climático atue de forma mais precoce e eficaz, proporcionando um alívio para as áreas atingidas e evitando danos irreparáveis ao ecossistema.