Na entrevista, gravada pela CNN, Kamala Harris foi questionada sobre acusações feitas por Donald Trump, que alegou que a candidata teria “se tornado negra” por oportunismo recentemente. Harris respondeu de forma assertiva, minimizando a provocação do atual presidente dos EUA.
A performance de Harris na entrevista era aguardada com expectativa, visto que a candidata teve histórico problemático em suas interações com a imprensa no passado. A democrata demonstrou mais tranquilidade e preparo, porém, suas respostas foram consideradas genéricas pela repórter Dana Bash. Quando questionada sobre suas propostas para o primeiro dia de seu governo, caso seja eleita, Harris mencionou vagamente seu plano para uma “economia de oportunidades”, sem entrar em detalhes concretos.
Durante a entrevista, Kamala Harris também foi confrontada sobre mudanças em suas posições políticas ao longo dos anos, especialmente em relação a questões sensíveis como fracking e imigração. A candidata reiterou seus valores e destacou a importância do consenso e da construção conjunta de soluções para os problemas.
Além disso, Harris foi questionada sobre sua ligação com o atual governo e sobre a possibilidade de nomear um republicano para compor seu gabinete, evidenciando a estratégia de projetar-se como uma figura agregadora e acima da polarização partidária. Tim Walz, candidato a vice na chapa democrata, teve participação discreta na entrevista e também evitou abordar possíveis inconsistências em sua biografia. Ambos os candidatos demonstraram confiança em suas propostas e se colocaram como defensores da mudança e do diálogo em um cenário político conturbado nos Estados Unidos.