Junta militar no Níger expulsa embaixador francês em meio à tensão diplomática: rumores de deterioração nas relações entre os dois países.

A junta militar que assumiu o controle do governo no final de julho em Niamey, capital do Níger, causou polêmica ao decidir expulsar o embaixador francês do país. A notícia veio na sexta-feira (25), quando o diplomata Sylvain Itté recebeu um prazo de 48 horas para deixar o território nigeriano. No entanto, Paris imediatamente rejeitou a medida, afirmando que os “golpistas não têm autoridade” para tomar essa decisão.

Essa atitude dos militares surge após um mês de intensas manifestações e declarações hostis à política francesa. Durante esse período, o governo nigeriano tem expressado sua insatisfação com a França e suas ações consideradas prejudiciais aos interesses do país. Em comunicado, o Ministério dos Assuntos Estrangeiros do Níger afirmou que a decisão de expulsar o embaixador foi tomada devido à “recusa do embaixador francês em Niamey em responder ao convite para uma entrevista” e outras ações do governo francês.

A relação entre a França e o Níger tem sido tensa nos últimos tempos. O Níger acusa a França de não cumprir completamente seus compromissos de defesa e segurança em relação à luta contra grupos extremistas que atuam no país. Além disso, o governo nigeriano tem se mostrado insatisfeito com as políticas comerciais e de cooperação francesas.

No entanto, a resposta imediata de Paris deixou claro que a medida dos militares não será aceita. O governo francês alega que a junta militar não possui autoridade para tomar essa decisão e ressaltou seu apoio ao governo eleito anteriormente. A França também expressou preocupação com a instabilidade política no Níger e pediu que todas as partes envolvidas adotem uma postura de diálogo e respeito mútuo.

Essa expulsão do embaixador francês reforça a instabilidade política que o Níger enfrenta desde o golpe militar ocorrido em julho. Apesar das tensões, é importante que as partes envolvidas encontrem uma solução pacífica para a crise, a fim de garantir a estabilidade e o bem-estar da população nigeriana. Acompanharemos de perto os desdobramentos dessa situação e como ela poderá afetar as relações diplomáticas entre o Níger e a França.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo