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Julian Assange alcança acordo com justiça americana e é libertado após mais de uma década de saga judicial

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, finalmente obteve sua liberdade após mais de uma década de batalha judicial. Nesta segunda-feira (24), o australiano chegou a um acordo de admissão de culpa com a justiça americana, pondo fim a uma saga repleta de reviravoltas e controvérsias.

A longa jornada de Assange teve início em 2010, quando o WikiLeaks publicou 70 mil documentos confidenciais sobre as operações da coalizão internacional no Afeganistão. Em seguida, vieram 400 mil relatórios sobre a invasão dos EUA no Iraque e 250 mil telegramas diplomáticos americanos. As revelações chocaram o mundo e fizeram de Assange um dos homens mais procurados pelas autoridades.

Em meio a essas publicações bombásticas, em novembro de 2010, a Suécia emitiu uma ordem de detenção europeia contra Assange. Ele era acusado de estupro e agressão sexual por duas mulheres suecas. O fundador do WikiLeaks sempre alegou que as relações foram consensuais, mas as acusações pesaram contra ele e deram início a um imbróglio judicial que se estendeu por mais de uma década.

Durante todo esse tempo, Assange sofreu perseguições, foi preso, refugiou-se na embaixada do Equador em Londres e enfrentou diversos processos legais. Sua luta pela liberdade de expressão e transparência governamental o transformou em uma figura controversa, admirada por muitos e vilipendiada por outros.

Agora, com sua liberdade conquistada através de um acordo com a justiça americana, Julian Assange poderá finalmente descansar da turbulenta saga judicial que marcou sua vida nos últimos anos. Resta aguardar para ver quais serão os próximos capítulos da história desse homem que dividiu opiniões e mudou para sempre o cenário da comunicação e do jornalismo mundial.

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