O primeiro desses fatores foi a vitória no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, onde Moro obteve cinco votos a favor e apenas dois contra. Essa decisão favorável no TRE é vista como um trunfo que poderá influenciar o julgamento do recurso no Tribunal Superior Eleitoral, conforme apontam fontes ligadas à corte.
Além disso, o segundo fator que joga a favor de Moro é o tempo. Os prazos processuais indicam que o recurso apresentado pelo PL e pelo PT ao TSE só deverá ser analisado no segundo semestre. O ministro Alexandre de Moraes, cuja presença é crucial nesse processo, deverá deixar o tribunal no fim de maio, dando lugar a André Mendonça. Com a ministra Cármen Lúcia assumindo a presidência do TSE, a defesa de Moro espera que os votos de Moraes e Mendonça possam ser favoráveis ao ex-juiz.
De acordo com os cálculos da defesa e da acusação, Moraes seria um voto pela cassação de Moro. No entanto, a esperança permanece de que a situação possa ser revertida com a chegada de André Mendonça e sob a liderança de Cármen Lúcia. O desfecho desse processo será aguardado com expectativa nos próximos meses.
