Três policiais estão sendo julgados a partir desta terça-feira (9) na França por terem causado sérias lesões a um jovem negro em 2017, resultando em sequelas irreversíveis. O incidente gerou comoção em todo o país e provocou um intenso debate sobre violência policial, mas os agentes envolvidos continuam atuando normalmente.
Os três policiais compareceram ao Tribunal de Justiça de Seine-Saint-Denis para responder sobre a detenção de Théo Luhaka, que na época tinha 28 anos, em Aulnay-sous-Bois. O jovem foi gravemente ferido no ânus por um cacetete, também conhecido como bastão extensível de defesa pessoal, e sofreu sequelas irreversíveis.
O principal acusado, Marc-Antoine Castelain, 34 anos, está sendo processado por violência intencional que resultou em “incapacidade permanente” da vítima, com agravantes por ser um oficial de autoridade pública, estar armado e agir em grupo. Ele pode ser condenado a até 15 anos de prisão.
O caso provocou indignação e indignação em toda a França, levantando questões sobre o uso da força por parte da polícia e a impunidade de agentes envolvidos em casos de violência contra minorias étnicas. Manifestações e protestos ocorreram em todo o país, exigindo justiça para Théo Luhaka e um fim para a brutalidade policial.
Essa não é a primeira vez que policiais franceses enfrentam acusações de violência contra minorias étnicas, o que levanta sérias questões sobre a cultura e as práticas dentro das forças de segurança do país. Casos semelhantes surgiram nos últimos anos, gerando uma onda de protestos e exigindo uma mudança no sistema policial francês.
O julgamento dos três policiais será acompanhado de perto por ativistas dos direitos humanos, grupos anti-racismo e comunidades afetadas pela violência policial. A decisão do tribunal terá um impacto significativo sobre como a sociedade francesa aborda a questão da violência policial e a responsabilização dos agentes envolvidos em tais atos. Este julgamento marca um ponto crucial no debate sobre justiça e equidade na França.
