A magistrada mencionou especificamente as ações do programa Goiás Social, criado pelo Governo de Goiás. Em resposta, o Governo afirmou que a decisão causou surpresa e estranhamento, destacando que o Goiás Social é um programa contínuo com eventos públicos abertos a todos. A nota também ressaltou que cabos eleitorais ligados a Sandro Mabel atuaram nas proximidades dos eventos do programa.
A decisão liminar ordenou a Caiado e Mabel que se abstenham de realizar atos políticos partidários que configurem conduta vedada, como a entrega de benefícios em troca de votos. A investigação judicial foi movida pela campanha de Fred Rodrigues, candidato do PL à prefeitura de Goiânia, apoiado por Jair Bolsonaro. Vídeos dos eleitores demonstraram a entrega de benefícios paralelamente ao pedido de voto para Mabel.
A juíza reforçou que o uso do programa social Goiás Social para promover o candidato Sandro Mabel configura desequilíbrio no pleito eleitoral e violação da legislação eleitoral. Além disso, ela citou a proibição da utilização de programas sociais do governo para promoção pessoal e eleitoral de candidatos, conforme a Lei das Eleições.
Essa não é a primeira decisão controversa da juíza envolvendo Caiado e Mabel, que já haviam sido proibidos de utilizar as dependências do Palácio das Esmeraldas para reuniões eleitorais. A disputa pelo segundo turno em Goiânia entre Mabel e Fred Rodrigues ganha destaque pela influência de Bolsonaro e Caiado. Pesquisas apontam uma disputa acirrada, com Mabel liderando as intenções de voto, mas com uma margem pequena de diferença.
O caso continua despertando atenção da opinião pública e dos analistas políticos, que acompanham de perto os desdobramentos dessa disputa eleitoral marcada por acusações de abuso de poder político e uso indevido da máquina pública para benefício eleitoral. A decisão da juíza certamente terá impacto no cenário político local e nas estratégias das campanhas dos candidatos envolvidos.
