O juiz eleitoral Rodrigo Marzola Colombini determinou neste sábado (5) a remoção imediata das publicações feitas por Marçal em suas redes sociais, como Instagram, TikTok e Youtube, onde ele exibia o documento fraudado. A decisão veio após Boulos entrar com uma representação contra Marçal, alegando que o laudo era falso.
O magistrado encontrou indícios suficientes para considerar que o documento apresentado por Marçal era fraudulento. Além disso, apontou a proximidade do candidato com o dono da clínica que emitiu o laudo, a assinatura pertencente a um profissional já falecido e a conveniência da divulgação dos fatos às vésperas das eleições como motivos para a suspensão das postagens.
A Justiça Eleitoral concedeu a Marçal um prazo de dois dias para apresentar sua defesa. Enquanto isso, Boulos também entrou com uma notícia-crime contra Marçal, solicitando sua prisão, apreensão de provas e quebra de sigilo telefônico e telemático.
A Polícia Federal também abriu um inquérito para investigar o laudo apresentado por Marçal, que trazia a assinatura de um médico falecido e tinha ligação com um sócio da clínica envolvida. O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), repudiou as acusações feitas por Marçal, chamando Boulos de “indecente” por ataques durante a campanha.
Nunes pediu celeridade à Justiça para que todas as provas sejam analisadas e colocou um ponto final no que chamou de “jogo rasteiro” na disputa pela prefeitura de São Paulo. O caso continua em investigação e novos desdobramentos são aguardados nas próximas semanas.