Repórter São Paulo – SP – Brasil

Juiz adia sentença de Trump para novembro, evitando interferência eleitoral e questões políticas na decisão final

Em agosto, os advogados de Donald Trump levantaram uma importante questão em relação ao tempo disponível para recorrer da decisão, caso o ex-presidente fosse condenado. A preocupação girava em torno do prazo reduzido para a defesa se manifestar, considerando a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos sobre a imunidade presidencial, que foi anunciada no mesmo período.

A Suprema Corte dos EUA determinou que presidentes não podem ser processados criminalmente por atos oficiais, além de proibir o uso de provas relacionadas a ações oficiais para casos criminais envolvendo ações não oficiais. Essa decisão impactou diretamente o processo contra Trump e foi um dos argumentos centrais utilizados por seus advogados.

Uma das alegações da defesa de Trump foi a suposta interferência política no caso, já que o promotor responsável pelas acusações, Alvin Bragg, é do partido Democrata. A questão da imparcialidade e motivações por trás do processo também foram levantadas no decorrer do julgamento.

O juiz responsável pelo caso, Juan Merchan, decidiu adiar a sentença para depois das eleições, marcando o veredicto para 26 de novembro. Em sua justificativa, Merchan destacou a complexidade do momento e a necessidade de evitar qualquer percepção de motivação política no desfecho do caso.

“Essa é uma questão única em um momento singular na história desta nação”, afirmou o juiz em sua explicação sobre o adiamento da sentença. A decisão de Merchan reflete a sensibilidade do caso e a importância de garantir um processo justo e imparcial, independente de qualquer influência externa.

Sair da versão mobile