Segundo o ex-ministro, o país precisa retomar o planejamento estratégico, com iniciativas voltadas para o crescimento, como o plano de transição ecológica, a Nova Indústria Brasil e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ele destacou que, atualmente, o governo federal não possui recursos suficientes para realizar investimentos públicos, diferentemente do que ocorria entre 2003 e 2010, quando havia margem no orçamento para tais políticas, além de bancos públicos capitalizados.
Dirceu também chamou a atenção para a necessidade de o Brasil investir em infraestrutura, ciência, tecnologia e educação, citando o exemplo da China, que construiu 40 mil quilômetros de trens de alta velocidade nos últimos anos. Nesse sentido, ele defendeu a importância de um acordo comercial com a China para ampliar os investimentos no país, principalmente nas áreas de tecnologia e infraestrutura.
Ao ser questionado sobre o desempenho da esquerda na América Latina, o ex-ministro afirmou que os avanços conquistados nos últimos 30 anos são significativos, destacando a alternância de poder em diversos países da região. Dirceu ressaltou que, após a dissolução da União Soviética e o fim das ditaduras militares, as esquerdas latino-americanas passaram por um processo de renovação e reconquista de espaços políticos.
Diante dessas colocações, é possível observar a visão de José Dirceu sobre a situação econômica e política do Brasil e da América Latina, bem como suas propostas para impulsionar o crescimento e o desenvolvimento no país.