Embora não seja possível alcançar total imparcialidade na atividade jornalística, é fundamental que o jornalismo esteja pautado pela objetividade. Isso implica em apresentar os mais diversos pontos de vista, sem abdicar de opiniões ou isenção, mas com o compromisso de fornecer aos leitores e espectadores acesso máximo a informações e análises.
O jornalismo, principalmente o de esquerda, tem o dever de permitir que as pessoas tenham conhecimento e consciência sobre a realidade, por meio da apresentação de diferentes perspectivas. A base do pensamento crítico está nos fatos materiais e no seu desenvolvimento histórico. Quanto mais se conhece, mais crítico se pode ser, enquanto a falta de informação pode tornar as pessoas vulneráveis à propaganda e à manipulação.
O jornalista responsável pela entrevista esclarece sua posição como um profissional dedicado à causa revolucionária e à luta pelo socialismo. No entanto, ele ressalta que sua função é a de um jornalista, e não um propagandista ou um educador. Os convidados do Opera Mundi são tratados com respeito e cortesia, mas também com firmeza e rigor, na busca por explorar contradições e raciocínios.
Independentemente do alinhamento político-ideológico, o importante é oferecer uma ampla gama de vozes aos leitores e espectadores. O jornalismo busca ampliar o conhecimento e permitir que as pessoas formem suas próprias opiniões. A crítica ao convite feito a Raphael Machado deve considerar a possibilidade de obter mais informações para combater o duguinismo, depois de uma entrevista que potencialmente amplie o conhecimento das ideias desse grupo.
Concluindo, o jornalismo precisa valorizar a polêmica, a diversidade e o direito à opinião. Sem esses elementos, seria apenas um cemitério de ideias. O Opera Mundi reforça seu compromisso em oferecer um espaço aberto às discussões e à pluralidade de ideias, sem abrir mão da objetividade jornalística.