Jornal britânico é condenado por hackear telefone do príncipe Harry nos anos 1990

O Príncipe Harry teve o seu telefone hackeado nos anos 1990 por um tabloide britânico, resultando em uma vitória da realeza contra a imprensa que cobre celebridades no Reino Unido. O tribunal de Londres decidiu que o príncipe foi vítima de escutas telefônicas e outras práticas ilegais de obtenção de informações por parte dos jornalistas do Mirror Group Newspapers, editora que publica os jornais The Mirror, Sunday Mirror e Sunday People. Como resultado, o príncipe será indenizado com £ 140.600 (R$ 877.200) por perdas e danos.

Segundo o juiz Timothy Fancourt, que proferiu a sentença, o telefone do Príncipe Harry foi hackeado de forma modesta e coordenada por algumas pessoas em cada jornal. A maioria das ações ilegais ocorreu entre 1991 e 2011, quando Harry era o terceiro na linha de sucessão ao trono britânico. O príncipe alega que 140 matérias publicadas nos jornais do Mirror Group Newspapers foram resultado de obtenção ilegal de informações. O tribunal considerou apenas 33 dessas matérias, decidindo que ações ilegais entre 2004 e 2009 contribuíram para 15 delas.

Esta condenação foi celebrada pelo príncipe, que prometeu continuar se defendendo nos tribunais contra a imprensa. Esta é uma batalha sem precedentes da família real contra os meios de comunicação, contrastando com sua postura normalmente reservada. Em seu depoimento, o príncipe afirmou que as publicações o fizeram desconfiar de amigos próximos e afirmou que editores e jornalistas tinham “sangue nas mãos”.

Após a decisão, o grupo editorial reconheceu sua culpa nos acontecimentos, pedindo desculpas sem reservas e assumindo toda a responsabilidade. O editor do jornal Daily Mirror também emitiu desculpas incondicionais, reconhecendo os erros históricos e assumindo total responsabilidade.

O príncipe Harry tem se destacado na luta contra os tabloides britânicos, envolvendo-se em vários processos judiciais com o objetivo de proteger sua privacidade. Sua persistência nesta batalha representa um marco na questão das responsabilizações da mídia e da proteção da privacidade das figuras públicas. Com esta decisão do tribunal, a realeza se fortalece na proteção de seus direitos e privacidade, estabelecendo um precedente relevante para futuros casos semelhantes. A missão do príncipe Harry continua, e sua determinação certamente deixará um impacto duradouro no cenário midiático britânico.

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