Jordan Bardella promete ser o primeiro-ministro de todos os franceses em entrevista ao JDD, reiterando carta de apaziguamento do país.

Em uma entrevista exclusiva concedida ao Journal du Dimanche (JDD), o presidente do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional, Jordan Bardella, reforçou seu compromisso com a união e pacificação da França. Em suas declarações, Bardella afirmou que deseja ser o primeiro-ministro de todos os franceses, sem fazer distinção entre eles.

O líder político, que se destacou por sua posição firme contra a imigração no país, enfatizou que aceitaria o cargo de primeiro-ministro somente se seu partido conquistasse a maioria absoluta no parlamento francês. Além disso, Bardella se comprometeu a respeitar e representar todos os cidadãos franceses, independentemente de suas preferências políticas.

Durante a entrevista, Bardella também fez críticas ao líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, a quem considera seu principal adversário na disputa pelo cargo de primeiro-ministro. O presidente do RN alertou para o “perigo da esquerda mais radical e sectária”, demonstrando sua preocupação com a possibilidade de Mélenchon assumir o posto de premiê.

Por sua vez, Mélenchon, líder do partido França Insubmissa (LFI), acusou o presidente Emmanuel Macron de fazer campanha em favor da extrema direita ao se posicionar contra a esquerda. O político de esquerda recusou a ideia de se retirar ou se impor como primeiro-ministro em caso de vitória da esquerda no segundo turno das eleições.

Enquanto isso, as pesquisas de opinião mostram que a popularidade de Macron segue em queda, embora ainda não tenha atingido os níveis mais baixos registrados durante a crise dos coletes amarelos em 2018. Segundo dados do instituto Ipsos, a aprovação do presidente caiu 4 pontos percentuais, atingindo 28%, e 5 pontos (26%) de acordo com o Ifop.

Diante desse cenário político conturbado, fica evidente a polarização existente entre os diferentes espectros ideológicos na França, com Bardella e Mélenchon se colocando como potenciais candidatos ao cargo de primeiro-ministro, em meio a uma crescente insatisfação popular em relação ao governo de Macron.

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