Ao discorrer sobre sua experiência como turista em eventos esportivos internacionais, Radwa Basseouny, de 56 anos, destacou a dificuldade e o receio que muitas mulheres sentem ao recorrer à polícia estrangeira para denunciar assédio sexual, evidenciando a barreira da língua e o medo de não serem levadas a sério. Esses relatos reforçam a necessidade de conscientização e apoio às vítimas, não só por parte das autoridades policiais, mas também dos órgãos responsáveis pelo esporte.
Raphaël Navarro, de 32 anos, trouxe à tona a discussão sobre a relação entre o consumo de álcool e a euforia dos torcedores, ressaltando a importância de sensibilizar os escalões superiores do esporte para garantir a segurança e o respeito a todos os presentes nos eventos esportivos. O educador também lembrou casos recentes de abuso de poder, como o beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso, o que evidencia a urgência de medidas educativas e preventivas nesse sentido.
Desde a cerimônia de abertura dos Jogos, no dia 26 de julho, o espaço de apoio às vítimas de violência e assédio sexual já contabilizou seis atendimentos, demonstrando a necessidade real e urgente de medidas efetivas para garantir a segurança e integridade de todos os envolvidos nos eventos esportivos. A discussão sobre a implementação de espaços seguros e o combate ao assédio sexual no esporte deve estar cada vez mais presente nas agendas esportivas internacionais, visando a proteção e o apoio às vítimas.