Lieberman, que foi o primeiro candidato judeu em uma chapa presidencial de um grande partido nos Estados Unidos, destacou-se por sua postura ética ao repreender o presidente Bill Clinton pelo escândalo envolvendo Monica Lewinsky. Sua atuação política foi marcada pela defesa de princípios morais e pelo comprometimento com questões relevantes para o país.
A eleição de 2000, na qual Lieberman concorreu como vice de Gore, foi extremamente disputada, com a chapa democrata vencendo no voto popular, mas perdendo no Colégio Eleitoral devido à decisão da Suprema Corte de encerrar a recontagem na Flórida. Essa decisão concedeu a vitória a Bush, causando polêmica e dividindo opiniões.
Após a eleição de 2000, Lieberman buscou a indicação presidencial democrata em 2004, porém não obteve sucesso devido, em parte, ao seu apoio à Guerra do Iraque. Sua popularidade junto aos eleitores de Connecticut diminuiu ao longo dos anos, mas ele conseguiu se reeleger para o senado em 2006, após uma surpreendente virada nas urnas.
Joe Lieberman era conhecido por sua capacidade de diálogo e busca por consensos, mesmo que isso significasse se relacionar com senadores de outros partidos. Sua trajetória política foi marcada por debates sérios e ponderados sobre questões fundamentais para o país.
Nascido em Stamford, Connecticut, Lieberman era filho de imigrantes judeus e cresceu em meio à classe trabalhadora. Formado em ciência política e economia pela Universidade de Yale, o político se destacou como editor e presidente do jornal estudantil da instituição.
Sua morte deixa um legado importante na política norte-americana e é lembrada por diversos políticos e admiradores, destacando sua contribuição para o debate democrático e seu compromisso com valores éticos e morais ao longo de sua carreira. Ele deixa sua esposa, filhos, netos e familiares, enlutando o cenário político dos Estados Unidos.