Joe Lieberman, senador dos EUA e companheiro de chapa de Al Gore em 2000, morre aos 82 anos após complicações de queda

O renomado senador norte-americano Joe Lieberman faleceu aos 82 anos, na última quarta-feira (27), em Nova York. O político, que representou o estado de Connecticut por quatro mandatos, ficou conhecido por sua participação como companheiro de chapa de Al Gore na eleição presidencial de 2000, que acabou sendo vencida por George W. Bush e Dick Cheney após uma controvérsia envolvendo a recontagem de votos na Flórida.

Lieberman, que foi o primeiro candidato judeu em uma chapa presidencial de um grande partido nos Estados Unidos, destacou-se por sua postura ética ao repreender o presidente Bill Clinton pelo escândalo envolvendo Monica Lewinsky. Sua atuação política foi marcada pela defesa de princípios morais e pelo comprometimento com questões relevantes para o país.

A eleição de 2000, na qual Lieberman concorreu como vice de Gore, foi extremamente disputada, com a chapa democrata vencendo no voto popular, mas perdendo no Colégio Eleitoral devido à decisão da Suprema Corte de encerrar a recontagem na Flórida. Essa decisão concedeu a vitória a Bush, causando polêmica e dividindo opiniões.

Após a eleição de 2000, Lieberman buscou a indicação presidencial democrata em 2004, porém não obteve sucesso devido, em parte, ao seu apoio à Guerra do Iraque. Sua popularidade junto aos eleitores de Connecticut diminuiu ao longo dos anos, mas ele conseguiu se reeleger para o senado em 2006, após uma surpreendente virada nas urnas.

Joe Lieberman era conhecido por sua capacidade de diálogo e busca por consensos, mesmo que isso significasse se relacionar com senadores de outros partidos. Sua trajetória política foi marcada por debates sérios e ponderados sobre questões fundamentais para o país.

Nascido em Stamford, Connecticut, Lieberman era filho de imigrantes judeus e cresceu em meio à classe trabalhadora. Formado em ciência política e economia pela Universidade de Yale, o político se destacou como editor e presidente do jornal estudantil da instituição.

Sua morte deixa um legado importante na política norte-americana e é lembrada por diversos políticos e admiradores, destacando sua contribuição para o debate democrático e seu compromisso com valores éticos e morais ao longo de sua carreira. Ele deixa sua esposa, filhos, netos e familiares, enlutando o cenário político dos Estados Unidos.

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